quinta-feira, 15 de maio de 2008

Laço de fita: review

Volta e meia eu abro meu coração para uma inspeção.
Olho por aqui uns furos, por ali umas cicatrizes.
Felizmente não encontro poeira.
Encontro sim um monte de histórias velhas, que em algum momento achei que meu coração já não guardaria. São histórias bem polidas, bem conservadas, que, de tão brilhantes, ainda parecem novas.
Por isso mesmo, de tão lustrosas que estão, prefiro deixá-las lá, enfeitando o alto da lareira que aquece a minha vida.
Neste ambiente que me é agradável, transito descalço, sem precaução. Sento-me ao chão nos invernos de mim mesmo para aquecer aquilo que a alma chama de espírito. Respiro nas janelas, quando o verão de minha razão me desidrata.
Nestes momentos de apreciação, fixo o olhar sobre um monte de adereços e decorações distribuídas pelas paredes cardíacas.
Dia desses encontrei uma fita. Ela está bem amarrada, bem enlaçada, bem ajustada em um anel que se forma na conexão que existe entre meu coração e minha razão. A fita não tem cor nem forma, não brilha nem absorve a luz. É uma fita simples, mas forte. Consistente. E muito bem enlaçada.
De tão segura que está a fita, sempre por infeliz conveniência, deixo de vê-la, em momentos de soberba.
Mas, ela já parece parte do meu próprio coração. Mesmo quando tento desejar que não.

Ah! Como é bom quando abro esse meu coração despoluído, e nele entro sem medo. Agora é muito bom quando revejo a fita e o laço da fita tão necessária.

Um comentário:

Lorenne disse...

oi chuchu, gostei de ler sobre o "laço de fita", me lembra alguma coisa....hehehe.
seu blog ficou bem legal.
e sobre caxambau, até que enfim resolveu assumir que é um..kkkkk!!1

bjo!

Lo