quarta-feira, 19 de novembro de 2008

regra

A regra convida ao erro.
A regra, raciocínio, subleva contra o coração, contraria a razão do espírito.
A regra, o raciocínio, subverte a ordem do simples.
O livre é a boa regra.
O nada, a não forma de se conduzir, é a conduta.
Pautamo-nos sob helenismos, romanismos, judaísmos.
Cartesianamente somos platônicos.
Aristotélicamente somos cristãos.
Socraticamente somos pitagóricos ou budisticamente somos espíritas.
Vivemos sob uma leva de pensamentos que não conquistamos.
Somos elementos de uma composição.
Somos educados.
Somos levados.
Enquanto isso, enquanto tal, nossa alma se perde em esquemas de condutas.
Nos abandona a pensar como é ser certo.
O ethos se perde em teorias de ética.
A ética busca uma moral inexistente.
A hipocrisia se alia à retórica.
Somos expostos a convites míticos, místicos.
Ao esoterismo castrador da liberdade, exclusor das igualdades.
Somos afastados do exoterismo que inclui o simples, o puro.
Há uma humanidade que continua se construindo sobre as diferenças.
Uma humanidade que continua se afastando do sentido do ser comum.
Até no momento em que a nossa destruição já não se faça vontade.
E não há outra humanidade.
Há somente esta.
Desnecessária, ignorante, soberba, culpada, magoada, vergonhosa, estúpida, hipócrita, safada, filha da própria humanidade.
Então, há um então.
Em nenhum momento conquistaremos outra forma de ser.
Inventaremos tudo o que pudermos inventar, inclusive deuses e santos.
Inventaremos culpas e culpados, penas e penalizados.
Crucificaremos todos os cristos que o tempo e a capacidade de criação forem capazes de criar.
Mas não perderemos a nossa sovinice.
Não perderemos a nossa estupidez.
Continuaremos, até a nossa própria extinção, a exercer nossa estupidez.
Diante de um universo que existe por si só,
que conforma Deus na sua mais absoluta grandeza,
e que por Ele é conformado,
os extinguiremos por nossa própria incapacidade de compreender o quanto somos divinos, pelos simples fato de fazermos parte de uma única ordem,
aquela que não nos convida ao erro.
Ah! Mas o erro faz parte de nós.
Gouches, seguiremos traindo as nossas verdades.
Continuaremos destruindo, e destruindo, e destruindo...
Uma humanidade que come hóstia, bate cabeça, ora, cultua, medita, que se finge de boazinha, mas que continua traindo a própria origem.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ainda que eu esteja sob os olhares, e que o sol me queime a fronte...ainda quê

O sol anda pleno!
Ainda existe sob ele a angústia, e a elegâNCIA!
Sofre a alma de quem não vê o sol latindo.
O cachorro que late sobre todas as manhãs.
Sofre quem só vê na lua o termo.
Sofre quem não vive sob a lua e quem não entende o sol.
a elegÂNCIA DO SOL!

Passarinho late, peixe voa, cachorro é ácido.
Música, palavra, desequilíbrio, vocÊ, QUASE,caiu na pia.
Deus? Que é? É um cara. Pensamento> nunca tive.

Pensar pra quê?
Arrotar é melhor do que qualquer pensamento.
E peidar ainda cheira.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008



Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.

claro que isso é desse sujeito aí do lado!

O Lula virou jóia!

Aquele matuto pernambucano, que cá no sul chamamos de jeca, aquele sindicalista, que ainda só sabe falar à sua própria maneira, por mais preparado que tenha sido por seus articuladores, que na opinião daqueles que muitos classificaram como oportunista, virou uma das mais brilhantes jóias da coroa brasileira. Falo daquela verdadeira coroa, que classifica as pessoas que têm atitudes realmente benéficas em relação à condição do nosso país, tanto no cenário interno, quanto no âmbito mundial.
Para mais, sem medo de exagerar, vejo o jeca virando jóia para a humanidade.
Antes de continuar, devo falar de mim, para que a pureza de espírito fique clara.
Nunca fui fã de carteirinha de ninguém, ou idolatrei qualquer pessoa ou situação. Não de passagem, afirmo isso como condição básica do meu pensamento, que também não é o que está aqui em discussão. Portanto, com muito conforto, vejo confirmar uma das minhas primeiras apostas, feitas ainda na adolescência.
Só para informar, devo dizer que nasci no ano seguinte ao golpe militar. Nunca sofri fome, falta de amparo familiar ou quaisquer dificuldades, senão aquelas que busquei por mim mesmo ou as que vida oferta a qualquer um , fortuitamente. Sou filho de uma família de origem pobre. Mas, meu pai soube se virar muito bem e nos situar em uma condição média, muito confortável. Bons colégios, boa alimentação, boa educação, bom lazer, carinho familiar, férias na praia. Tive tudo isso. Enfim, enquanto garoto, nunca passei necessidades materiais e sempre tive uma família organizada e acesso a tudo o que fosse benéfico à minha educação formal e à formação de minha cultura.
Ou seja, sou um exemplo clássico de um filho da burguesia média, que se fez na década de 1970, sob os auspícios do milagre brasileiro.
Então, era de se esperar que eu concordasse plenamente com os mecanismos que me formaram. Contudo, não foi assim.
Tornei-me socialista ainda garoto. Talvez por ter vivido minha infância e adolescência em um bairro (Anchieta/BH) onde as diferenças sociais eram gritantes e por ter um princípio católico incutido desde cedo, quis me rebelar contra o estado das coisas. Lógico que em pleno regime militar isso não era possível.
Contudo, quando o presidente João Baptista Figueiredo, cumprindo uma resolução de seu antecessor, Ernesto Geisel, resolveu promover a “abertura política gradual” e implantou a anistia “ampla, geral e irrestrita”, permitindo que os exilados voltassem ao Brasil e que novos partidos se organizassem, de acordo com ideais até então não admitidos, vi uma possibilidade.
Esta possibilidade começou a se tornar sonho, quando eu tinha cerca de 15 anos.
Para mim não foi um bom tempo estudantil. Minha cabeça andava meio expansiva para a minha necessidade. Acabei trocando um colégio clássico, tido como um dos melhores de Belo Horizonte, por uma escola noturna de formação técnica.
Saí do Santo Antônio e, após um estágio no mal falado Champagnat, fui cursar Telecomunicações na Utramig, uma escola técnica fraquíssima, mas com muita humanidade.
Foi lá que, pela primeira vez, conheci a política e as pessoas que lutavam de verdade.
Naquele tempo, o Brasil vivia o momento de transformação política. Os partidos se reorganizavam e um movimento, que em 1984 se consagrou como o da “Diretas Já”, então começava a se articular. Era o tempo do Ulisses, do Tancredo, do Mário Covas (que, não sei por quê, me lembra muito o Tom Jobim).
Naquele mesmo tempo um sujeito chamado Lula organizava greves de metalúrgicos em um país desabituado a qualquer manifestação política. É preciso lembrar que o Ato Institucional nº 5, o famoso AI-5, era um trauma cujo fim, e início de tratamento, só havia iniciado há menos de dez anos. Também é preciso lembrar que outras manifestações trabalhistas, como a dos operários da construção civil, em Belo Horizonte, feita em 1979, haviam terminado com muita repressão, causando inclusive mortes de operários.
Enfim, naquele tempo a polícia dava muita porretada e as liberdades individuais eram muito poucas. Acho até que, em algum tempo, as tais liberdades individuais só existiam da porta do banheiro pra dentro.
Então Lula começou a se manifestar. Lógico que não sozinho, articulou um partido, que tinha por premissa a defesa dos interesses dos trabalhadores do Brasil.
“Trabalhadores do Brasil”. Era assim que Getúlio Vargas se dirigia ao país, enquanto criava as regras básicas do trabalhismo. Particularmente, acho que Getúlio tem muito de ditadura, me perdoem. Mas a história é cruel. Porém, totalitarismo à parte, Getúlio foi o cara que cunhou o termo “trabalhismo” e valorizou o sujeito trabalhador. Tanto que foi base de criação do “Partido Trabalhista Brasileiro”, o PTB, que Roberto Jefferson preside ainda hoje. Bom...deixa isso pra lá.
Lula foi mais direto. Assistiu com base de ação sindicalista a criação do “Partido dos Trabalhadores”. Putz! Isso para mim cheirava a uma espécie de associação internacional, sem fronteiras, que congregaria todos os princípios trabalhistas. Alguma coisa como o “Partido Verde” tentou fazer sobre o ambientalismo, só que voltado para os interesses sociais dos trabalhadores. Algo mais importante do que a idéia comunista, já em decadência.
O “Sapo Barbudo” se meteu a deputado na constituinte de 1984. O “Sapo Barbudo” era como Leonel Brizola, destituído da coroa trabalhista, preferia chamar Lula, com quem criou briga, por vontade própria e por ter criado desafeto, por vontades deles dois.
Mais tarde tentou, Luiz tentou, uma, duas, três vezes, ser presidente da República Federativa do Brasil. Perdeu três.
Ganhou a quarta. E a quinta.
Sempre votei em Lula? Não. Votei nele em todas, menos em uma.
Da primeira vez que FHzito se candidatou, confesso, me deixei seduzir pela possibilidade do “socialismo democrático”. E não me arrependo.
Fala sério! Socialismo democrático é a Disneylândia de qualquer possibilidade política. E o PSDB prometia a tal da “social democracia” e vinha com um sociólogo, exilado, cheio de França nas idéias, um intelectual, casado com uma acadêmica de primeira ordem, cheia de referências realizadas no âmbito de pesquisas etc. E o cara ainda vinha com bases racionais no liberalismo, com discurso social, em um planeta que se globalizava, e com aquela fala mansa que só vendedor de colchão tem. Putz! Fui seduzido e votei nele! Mas foi só da primeira vez. E não me arrependo. Repito. Pelo contrário.
Aí então o Lula ganhou! Pela primeira vez. Pela primeira vez. E meu votinho tava lá...ganhando junto com ele.
Juro. Não fiquei tão feliz quanto fiquei quando o Brasil foi campeão do mundo, em outras situações. Aquilo era satisfação passageira. O que fiquei foi satisfeito. Muito satisfeito. Tão satisfeito quanto pode uma pessoa começar a ver a dignidade do seu próprio povo começar a se formar diante de seus próprios olhos.
Não é êxtase. É realização madura.
Questão de princípio.
Aí, veio o sapo de novo, barbudo, língua presa, com o mesmo discurso, mas muito mais calcado na experiência, na realização.
Olha! No meu meio fui muito combatido. Mas, como sempre, abri o verbo. Ganhei uns dois ou três votos improváveis. Ganhei muito mais com a confirmação do que penso sobre o futuro de nosso país.
Fui chamado de tudo o quanto há por toda a parcela de minha família que sempre foi muito mais à direita de Deus Pai Todo Poderoso, quanto o próprio Deus. Mais realistas do que o rei, deles ouvi de tudo um pouco.
Para completar, basta dizer que sou atleticano, em um estado quando só o Cruzeiro ganha. Galo é 13. PT é 13. Meu Galo anda do jeito que anda...Gozação após gozação...perdendo. Mas sempre lutando. (Bom, sei que cá nas Gerais o mestre Lula já deu ares de cruzeirense. Fazer o quê? Todo mundo tem defeitos...).

Por dois anos ainda ouvi falácias sobre a administração lulista. Escândalos reforçaram as porradas que tomei.
Porém, agora, vejo todo mundo rindo, dando saltinhos de felicidade, porque o Lula continua lá. Aquela direita que me combatia, hoje só tem elogios. Todo mundo mudou de opinião. O Lula é o cara.
Se eu fosse assumir a condição Caxambau, até começaria a não gostar do sujeito. Mas, o sujeito é o cara. Fazer o quê.
Bom...o cara ta lá. Que bom! Muito bom!

Hoje, na ONU, diante do mundo, aquele matuto pernambucano, aquele jeca, é a jóia mais preciosa que podemos mostrar a um planeta que anda tão carente de opinião sincera, verdadeira, forjada na humanidade.
Perdoa-me, presidente, por falar assim, com tanta intimidade. Mas tenho que dizer pra todo mundo:
O cara tem discurso próprio, conhecimento próprio, rompante próprio, dialética própria, apesar de ter sido tão combatido. Ele é o “Sapo Barbudo”. Ele é o “Lulinha Paz e Amor”. Ele é tudo o que foi dito de bom e de ruim.
Mesmo assim, não discursa revolta. Discursa orgulho por ser brasileiro. Não discursa opinião acadêmica. Discursa vontade de ação. Não discursa ignorância. Discursa, diante dos maiores mandatários do planeta, clareza, força, opinião e capacidade de apresentar soluções.

Nunca idolatrei ninguém, a não ser Deus. Nem vou idolatrar. Porém, me sinto muito feliz por ser brasileiro e ter sempre visto, você, Lula, esse sujeito com os olhos com os quais ainda vejo hoje.
Você é a jóia que sempre foi.
Se Rui Barbosa foi a Águia de Aia, você, senhor presidente, é a Asa Branca da ONU.

Parabéns Presidente!
Parabéns Lula!

Muito obrigado! Estou dignificado por todas as minhas apostas em você.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cuspiu o dragão

Enquanto a pedra vermelha arde no solo, depois de ter sido cuspida da boca do dragão, será que ela pensa em ficar fria?
Ou a natureza dela é ser quente, vermelha e flamejante.
A condição da pedra fria, cuspida da boca do dragão, que se torna diamante, só acontece após os milênios de resfriamento.
Enquanto isso, o dragão continua expelindo pedras, universo afora.
Cada uma toma um brilho e cumpre uma função.
Não devemos esperar de todas as pedras as mesmas cores.
Ah! Vale dizer que existem aquelas que são expelidas pela bunda do dragão.
E outras, que o dragão simplesmente sua.
Há aquelas que forma cálculos nos rins draconianos.
Existem pedras que nem se formam.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

UDN & PSD...farinha do mesmo saco?

Claro que ninguém se lembra. Porque ninguém se preocupa em se lembrar.
Neste lugar brasileiro, onde o idealismo virou palavrão, ninguém mais se pergunta sobre as origens dos partidos políticos, que já não existem, na verdadeira acepção da palavra.
Partido político deveria defender uma parte ideológica, uma causa, um princípio.
Contudo, isto já não há, nesta bagunça casuística, que fez da política, um exercício sagrado, sinônimo de putaria.
Há uma miscelânea de siglas (são 22 registradas no Tribunal Superior Eleitoral, o TSE...SIGA O LINK PARA VER QUAIS SÃO ... http://www.tse.gov.br/internet/partidos/index.htm).

Porém, devemos nos lembrar sobre um passado muito recente.
Um passado quando havia somente a Aliança Renovadora Nacional, a Arena, e o Movimento Democrático Brasileiro, o MDB. Era o tempo da ditadura militar.

Devemos nos lembrar de antes também, quando a força do PSD, o Partido Social Democrático, fundado em 1945, com princípios opostos ao do PDS, o Partido Democrático Social, fundado em 1980, se opunha à UDN, a União Democrática Nacional, também fundada em 1945, que acabou virando MDB.

O interessante é lembrar que, nesta evolução de siglas, nem sempre a semelhança constitui ideologia.

A UDN virou Arena, que virou PDS, que virou PFL, o Partido da Frente Liberal, que hoje tem o nome fantasia “Democratas”, que recebe o apelido de DEM.

O PSD virou MDB, o Movimento Democrático Brasileiro, que se dividiu, para agradar os militares.

Virou PP, Partido Popular, juntando Tancredo Neves e Magalhães Pinto no mesmo barco, numa união improvável, que se provaria como tal.

O lado mais macho virou PMDB, sob o auspício de Ulisses Guimarães.

Também abrigadas no MDB, surgiram outras sigas. Afinal, no MDB, estavam todas as bandeiras de oposição ao regime militar, favoráveis ao exercício social, que só se reuniam naquela instância por causa da opressão da ditadura militar.

Militarismo é osso. Contra a força não há resistência.

Quando em 1979 João Baptista Figueiredo, cumprindo o projeto de Ernesto Geisel, promoveu a reforma partidária, permitindo o pluripartidarismo no Brasil, o MDB fez sair dele as várias correntes ideológicas: comunistas, socialistas, trabalhistas, nacionalistas....

O Partido dos Trabalhadores, o PT, com identificação ideológica óbvia, foi logo fundado, em 1980. O reconhecimento como partido demorou um pouco para chegar. Dois anos.

Mais tarde o comunismo (vixe Maria, três nomes do pai...afinal, eram comedores de criancinhas...) conseguiu legendas. Dividiu-se entre PCB, Partido Comunista Brasileiro, e PCdoB, Partido Comunista do Brasil, ou último extinto, quando o comunismo globalizante foi pro saco com a União Soviética. Virou PSB, o Partido Socialista Brasileiro.

O nacional socialismo getulista, que se abrigava no PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, também viveu uma querela. Ivete Vargas, filha de Getúlio, queria por que queria a legenda. Brigou com Leonel Brizola, que tinha sido exilado. Brizola perdeu a briga e fundou o PDT, o Partido Democrático Trabalhista.

Daí por diante as ideologias se perderam.

Surgiu o PSDB, o Partido da Social Democracia Brasileira, uma grande promessa de pensamento original, que se revelou tão liberal quanto os opositores de direita, ao mesmo tempo em que a direita buscava recomendar preceitos de esquerda.

Virou tudo uma bagunça.

Hoje no Brasil não existem mais partidos. O PT acabou de se entregar. Os partidos de esquerda, trabalhistas, surgidos do PT, ainda estão nos anos 1970. Os de direita estão no mesmo lugar.

Não há para onde correr. Hoje em eleição as opções são personalistas. Não são mais ideológicas, partidárias. Não há “partido”, na verdadeira acepção da palavra.

Puta anda celebrando missa, com todo o respeito às putas, e padres estão se prostituindo, com todo o respeito aos padres.

Acabou a graça. Só há sacanagem. Não há mais nada de idealismo.
Sem pensar em maniqueísmo, UDN e PSD são farinha do mesmo saco.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Será que há espaço para discutir o absurdo?

Hoje em dia Deus se tornou absurdo, em alguns espaços de discussão.
Há um desconforto sobre a admissão de Deus, nas proposições dialéticas. O Cara, que era o melhor de todos, o bam bam bam da bala chita, em outros tempos, hoje foi relegado à condição do absurdo.
Em outros tempos, Deus era a solução para tudo. Para alguns, Ele ainda existe assim. É o espaço da discussão religiosa, que está comprometida culturalmente.
Contudo, a pergunta é: sobre as respostas que a ciência nunca dará, no tempo da existência do indivíduo, que é de poucas dezenas de anos, e de alguns milênios de construção cultural, diante dos bilhões de anos que a realidade acumula, quais são as respostas necessárias para a manutenção da busca, ou fé, que o indivíduo requer, e que poderão ser dadas, neste curto espaço de tempo, que compreende a vida humana?
Jamais a ciência responderá, a tempo, à ânsia do ser.
A fé só dá a esperança.