segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eu estou cheio de blá blá blá.
Esse discurso não é novo nem antigo.
Não me dá cavalo selado, nem alforje,
nem, forçando rima, corte de umbigo.
Mas o fato é que estou de saco cheio de blá blá blá

Há a hipocrisia, que nos acaricia, dia-a-dia.
Ah! A ignorância, que nos traz tanta ânsia.
Há o leso, o ledo e o dedo, que nos apontam tantas culpas.
Há tantas desculpas.

Estes nos perdem nos nosso próprios consumos.
Insumos de uma existência que, nesta forma, nuca será plena.
Há a minha luta para entender, discutir e resolver a condição do sistema.

Que tema!
Só não agüento mais é o blá blá blá.

Um comentário:

Celeste Garcia disse...

Mas pensando bem: é blabeando que se comunica o que há, faz e se sente. Você é um exemplo disso, ou melhor, todos nós somos.

E pense melhor ainda: todo leso, ledo e dedo que nos apontam, têm os restantes quatro dedos apontados para eles mesmos.

Eu viajei no seu comentário, Casalberto, o senhor realmente escreve muito bem!

Beijo e boa semana :*